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QUEM SOMOS

Professores e Conhecimentos da Tradição Tibetana

Mestre Budista Tantrayana

Tulku Lobsang Rinpoche é um alto mestre budista e renomado médico da medicina tibetana. Nascido em 1976, em Amdo, no nordeste do Tibete , ele ingressou na escola monástica budista local aos seis anos de idade e aos 13 foi reconhecido como a oitava encarnação de Nyentse Lama. Já naquela época ele impressionava as pessoas com suas capacidades de cura.

Tulku Lobsang recebeu uma intensa educação nas práticas budistas fundamentais, medicina tibetana, astrologia, filosofia e nos ensinamentos de Tantrayana nas diversas linhagens budistas e também na tradição Bön, sendo portanto considerado um mestre Rime.

Tulku Lobsang foi responsável por introduzir a prática de Lu Jong, bem como outras práticas de movimento do yoga tibetano no ocidente.

Em relação ao Lu Jong, após estudar por muitos anos com mestres da maioria das escolas budistas tibetanas, ensinar e atender como médico um grande número de ocidentais Tulku Lobsang coletou os movimentos Lu Jong e implementou modificações para adaptá-los às necessidades ocidentais.

O resultado foi sua própria linhagem, um programa abrangente de movimentos corporais para equilibrar corpo e mente independente de idade e condições físicas. Por meio da sua organização internacional Nangten Menlang International (Centro de Medicina Budista) seminários, workshops, retiros e consultas de saúde são oferecidos em vários países pelo mundo. Todos os anos, Tulku Lobsang viaja pela Europa, Ásia e Américas para transmitir seus conhecimentos. Os ensinamentos de Tulku Lobsang são caracterizados por sua maneira calorosa e carismática. Com seu estilo de ensino cativante, bem-humorado, vívido e relevante, ele consegue realizar a delicada tarefa de transmitir o conhecimento milenar do budismo tibetano aos tempos atuais. É um grande desejo de Tulku Lobsang reduzir o sofrimento no mundo através do intercâmbio cultural entre oriente e ocidente.

Acesse a biografia oficial de Tulku Lobsang Rinpoche por meio so seu site oficial:  https://tulkulobsang.org/pt/tulku-lobsang/biography

Estudante Espiritual, Professora Tantrayana e Formadora de Professores

Janaína Araújo é aluna e professora espiritual e desenvolve conscientemente ao seu processo de autoconhecimento e transformação há mais de 20 anos. Ao longo destes anos estudou com mestres de diferentes linhagens no budismo Zen e indiano e  Desde 2014, quando encontrou seu mestre raiz, Tulku Lobsang Rinponche, está exclusivamente dedicada aos ensinamentos do Budismo Tibetano.

Após alguns anos de estudos com o mestre tibetano Tulku Lobsang Rinponche formou-se Professora e Formadora de Professores nas práticas da tradição tibetanas de Lu Jong, Tog Chod e Shiné (Mindfullness).

Formada em Computação e pós graduada em Telecomunicações e Gestão Organizacional, dedicou sua vida profissional à atividades como Inovação, implantação de novas áreas, Gestão de Mudanças Organizacionais, Gestão de equipes e Gestão de Projetos. Em 2019, deu um novo grade salto em sua prática pessoal, e decidiu dedicar sua vida profissional e pessoal ao ensino das práticas budistas a via Tantrayana. Desde o ano de 2016 se esforça por trazer os profundos conhecimentos da tradição tibetana ao Brasil trazendo especialistas tibetanos ao país e promovendo seus próprios ensinamentos.

Atualmente também é aluna e praticante dedicada dos yogas secretos de Tsa Lung e Tummo e ao longo dos anos estuda por meio de retiros, palatestras e workshops com o mestre Tulku Lobsang Rinponche e outros grandes mestres de várias linhagens tibetanas da via Trantrayana (Jonang, Gelupa, kagyu e Nyingma e Bön).

Janaína ensina métodos da via Tantrayana, em sua maioria, trazidos ao ocidente pelo mestre Tulku Lobsang Rinpoche. Estes métodos foram antes de mais nada comprovados em sua própria prática. Após vários anos de estudo e dedicação a sua prática e processo de auto-transformação sentiu-se finalmente apta a compartilhar parte destes ensinamentos preciosos com os praticantes sinceros que buscam um passo além em sua prática.

Alguns momentos na Presença de Tulku Lobsang Rinpoche
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Espiritualidade é a nossa capacidade de reconhecer que temos um potencial infinito e decidir trilhar um caminho para alcançar e realizar este potencial. Dito de outra forma, trata-se de sermos capazes de reconhecer nossa verdadeira natureza de Buda, ou natureza secreta, e sermos capazes de revelar o potencial desta natureza e nosso corpo e mente.

Não se trata de ter uma religião, alguém que nos ensine algo, ou nos guie. Na verdade uma religião, um sistema de conhecimentos ou um professor são bastante úteis desde que você  esteja decidido(a) a conduzir seu processo de transformação, e que de fato tragam métodos que possam ajudar você a realizar este objetivo.

O mais importante, sempre, será que você seja capaz de conduzir sua própria caminhada de transformação tanto no nível do corpo , quanto da palavra, quanto da mente, de forma consciente e responsável, e sempre reconhecer quando um determinado professor, método ou organização te ajudam ou não.

Se você está ligado(a) a uma determinada organização ou métodos, há anos,  e não notou um nível substancial de transformação, então você deve verificar se tem estado de fato comprometido(a) com suas práticas. Afinal não é possível obter resultados com nenhum método se você não os pratica. Caso esteja de fato conduzindo sua prática de forma comprometida e não esteja colhendo resultados é sua responsabilidade rever sua rota e buscar novos métodos e/ou professores. Conforme as sábias palavras do mestre Tulku Lobsang Rinpoche: precisamos do Professor correto, do Método correto e do Aluno correto.

Ao longo de minha caminhada espiritual nunca encontrei métodos tão transformadores e exatos quanto encontrei no Budismo Tantrayana. Cada pessoa é de uma determinada forma e por isso são necessários diferentes métodos. A via Tantrayana é conhecida como uma via rica em diferentes métodos que trabalham com a natureza fundamental da mente por meio do uso do corpo. Esse potencial torna a via trantrayana um caminho rápido para nos libertarmos dos bloqueios que nos impedem de nos abrir a um nível mais sutil, nos transformar, e, a partir da nossa transformação, mudarmos tudo a nossa volta.

A via Tantrayana é um dos três principais caminhos ou veículos (yana) do budismo, existem, também, o budismo Theravada e o budismo Mahayana. O budismo Theravada concentra-se no ensinamento das Quatro Nobres Verdades, do Caminho Óctuplo e da meditação. É conhecido pelos votos e culto da disciplina, e nos ensina a não prejudicar os outros. O budismo Mahayana é conhecida pelo seu profundo entendimento da vacuidade e compaixão e é conhecida como o caminho que nos ensina a ajudar os outros, deste modo, está subentendido que não prejudicamos os outros.

O budismo Tantrayana também conhecido como Vajrayana, ou o Veículo de Diamante,  é um caminho que nos ensina a sermos felizes conosco mesmos. Assim, automaticamente, ajudamos os outros.

No caminho Tantrayana, usamos o corpo para trabalhar com a mente. Como mente e corpo estão interligados por meio da respiração podemos usar o corpo como veículo para trabalhar coe transformar a mente e nos desenvolver no caminho espiritual. Por exemplo, quando existem bloqueios nos canais subtis do corpo, a nossa mente também fica bloqueada e tensa, o fluxo mental fica estagnado, muitas vezes apegado a único pensamento ou situação, e a ignorância do apego obscurece nossa verdadeira natureza fazendo predominar estados de mente indesejados como insatisfação, ansiedade, medo e raiva.

As práticas Trantaynas nos ajudam a liberar os bloqueios nos canais sutis do corpo e harmonizar o fluxo dos ventos e essências vitais nestes canais trazendo de volta o equilíbrio a nossa mente que se torna conectada com aspectos mais positivos como calma, alegria, abertura e clareza. Dizendo de outra forma,  voltamos a revelar nossa sabedoria inata, nos reaproximar da nossa verdadeira natureza e dos seus aspectos naturais que são clareza, abertura e luz.

A via Tantrayana inclui técnicas muito especiais que nos permitem experimentar a nossa natureza de Buda de forma bastante direta e transformar nosso corpo, palavra e mente em diamante – forte, transparente e indestrutível.

Na via tantrayana não renunciamos a nada porque tudo em nós pode ser usado como instrumento de transformação. Por exemplo, os praticantes Tantrayana usam as emoções negativas, a fala, o sono, os sonhos,  os problemas, tudo. Nada é rejeitado, nosso trabalho é aprender a transformar tudo em sabedoria.

Por exemplo: treinamos a nossa mente para não rejeitar os problemas, e ao invés disso encará-los como nossos professores. Afinal a vida está cheia de desafios, devemos aprender com eles. Se aceitamos tudo aquilo que consideramos negativo ou indesejado, acabamos por não considerar nada mais desejável ou indesejável, reduzimos o combate constante, o stress e acabamos por nos tornar mais felizes e por consequência mais saudáveis.

A via Tantrayana é, na verdade, uma via muito direta, e o aluno precisa ser sincero com a sua prática e bastante corajoso para estar neste caminho. Por isso precisamos ter fé no ensinamento, no professor e em nós mesmos. Do contrário não teremos motivação para continuar quando a nossa prática se tornar desafiadora. Precisamos de ter fé em que a prática correta nos trará resultados e na nossa capacidade como praticantes.

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Shiné é considerada a prática das práticas quando o assunto é estabelecer a capacidade do calmo permanecer em nossa mente. Esta ensinamento nos ajudará a compreender o que realmente calma, ou estar no momento presente, significa.

Durante o treinamento em Shiné descobrimos os seis principais poderemos da nossa mente e um deles é o poder de Mindfulness ou da Atenção Plena. Desenvolver  Mindfulness significa desenvolver o poder do nível de atenção e concetração da nossa mente, ou seja, a capacidade de manter nossa atenção conectada àquilo que desejamos, em especial, com os níveis de calma e sabedoria da nossa mente. Na medida que praticamos descobrimos o que é sabedoria, “calmo permancer” ou “shamata” e desenvolvemos todos os outros poderes na mente. É para isso que aprendemos e treinamos Shiné, para compreender e conduzir com clareza a jornada interna da nossa prática de meditação.

De maneira geral vivemos com nossa mente em estado de agitação constante, sempre analisando, descriminando, catalogando e categorizando tudo o que se apresenta. Nos parece simplesmente impossível nos relacionar com o que quer que seja sem classificar como algo ou alguém que gostamos ou não gostamos, desejamos ou não desejamos, que é bom ou ruim, que é belo ou feio, ou que é isso ou  aquilo. Quando nos prendemos em comportamentos deste tipo deixamos escapar o momento presente ou o calmo permancecer, pois fixamos e limitamos nosso nível mais profundo de mente – Atenção e Consciência –  a pensamentos discriminatórios que nos prendem ao desejo do passado ou ao vir a ser do futuro.

Por meio da prática de Shiné treinamos a nossa mente para estar no momento presente, ou, em outras palavras, treinamos a nossa mente para manter a Atenção Plena a cada momento, sem se fixar a nenhum estado de mente, pensamento ou emoção. Também treinamos a nossa mente para compreender o que é a meditação.

Se tivermos a oportunidade de desenvolvermos a prática de Shiné na medida que praticamos os yogas do movimento como Lu Jong, Tsa Lung e Tummo nossa pática dará grandes saltos.

YOGUI LU JONG

O Lu Jong é um yoga do movimento com origens na tradição Bön e na via Tantrayana do budismo tibetano. Esta prática, ensinada de mestre a discípulo, no Tibet, há mais de 8000 anos é atualmente transmitida, no ocidente, pelo mestre Tulku Lobsang Rinpoche, segundo sua própria linhagem.

Lu significa corpo e Jong significa treino ou transformação. Através da prática do Lu Jong, treinamos e preparamos os canais sutis do corpo para permitir um melhor fluxo da energia do elemento vento e das essências pelos canais de forma a nos ajudar a desenvolver  uma consciência cada vez mais desperta.

Como corpo e mente estão conectados por meio da respiração, na medida que a energia do vento pode fluir cada vez mais desimpedida pelos canais cuidamos não apenas do corpo , mas também da mente e da nossa energia. O Lu Jong é uma prática de movimentos físicos que combina forma, movimento e respiração para desenvolver atenção plena, ao unir completamente mente e corpo. Ao logo da prática aplicamos, repetidamente, pressão em determinados pontos dos canais e da coluna vertebral, liberando bloqueios físicos e emocionais que, de outra forma se manifestariam como doenças.

Ao praticar Lu Jong equilibramos os elementos (Espaço, Terra, vento, fogo e água) e também os humores (Bilis, Fleuma e Vento) que são os alicerces do corpo físico. Quando elementos e humores são equilibrados, as emoções negativas são transformadas, o sistema de canais do corpo sutil rejuvenesce, a energia de vento flui melhor, os pensamentos silenciam e acalmamos a mente . Assim geramos mais concentração, calma, alegria e muitas doenças são curadas.  O Lu Jong pode ser praticado por pessoas todas as idades e os movimentos são facilmente adaptados à condição física da pessoa.

Você pode obter mais informações sobre o Lu Jong por meio do site www.lujong.org  e do vídeo do próprio mestre: https://tulkulobsang.org/pt/teachings/lu-jong

Para informações sobre o Curso de Formação de Professores de Lu Jong consulte a seção Eventos deste site.

Tog Chöd – Espada da Sabedoria

O Tog Chod é uma meditação em movimento desenvolvida por Tulku Lobsang Rinpoche com base nos movimentos do Kalachakra, e tem suas bases nos ensinamentos secretos da tradição Tantrayana Pai.

É um método que trabalha a relação corpo-mente de uma forma mais ligada à nossa energia masculina. Tog significa Pensamento e Chöd significa cortar. Com Tog Chod cortamos nossos pensamentos, cortamos medos e expectativas, e purificamos nosso corpo e mente para permanecer no momento presente. Somente quando eliminamos as emoções negativas é que experimentamos mais amor, obtemos uma mente clara, em atenção plena, e desenvolvemos uma energia de ação, com coragem para decidir e mudar.

A via Tantrayana do budismo tibetano inclui uma série de métodos físicos, que nos ajudam a alcançar bem estar em nível físico, mental e energético e por fim a iluminação.

Com a prática de Tog Chöd, geramos poder ao mesmo tempo que desenvolvemos nosso potencial meditativo.

Para informações sobre o Curso de Formação de Professores de Tog Chöd consulte a seção Eventos deste site

TSA LUNG3

Tsa Lung – Tsa (Canais) e Lung (vento) é uma pratica da tradição tibetana que nos permite cuidar da saúde do corpo sutil.  O corpo sutil é composto pelos canais (tsa), pela energia do elemento vento (lung) e as essências (tigle) que fluem através destes canais. Sem saúde do nosso corpo sutil não teremos saúde do corpo físico e felicidade na mente.

Se os canais sutis estiverem bloqueados experimentaremos desequilíbrios, ou doenças, em vários sistemas do corpo pois os nutrientes básicos como o oxigênio e sangue não fluirão adequadamente no corpo. Os bloqueios nos canais do corpo causam bloqueios no nível energético e mental e com isso ficamos com um baixo nível de energia e uma mente agitada, entorpecida e também doente. Precisamos cuidar do sistema de canais sutis para que tudo flua adequadamente e com isso possamos alcançar saúde no corpo e felicidade na mente.

O Tsa Lung é um dos poderosos métodos do budismo Tantrayana que trabalha intensivamente com o nosso corpo subtil que nos ajuda a cuidar e desobstruir nossos canais. Combinando técnicas especiais de retenção, respiração, movimentos físicos e visualizações, Tsa Lung faz com que a energia do elementos vento chegue a locais profundos e que abra cada vez mais os canais subtis. Quando o vento flui livremente, alcançamos um nível de energia que pode ser usada para a auto-cura ou pode ser transmitida a outros.

A essência da prática de Tsa Lung é abrir os bloqueios (ou chacras) e e eliminar o ar impuro que estava estagnado devido a estes bloqueios nos canais sutis. Então o corpo relaxa e os chacras são purificados.

Tummo Branco

Tummo é mais um dos yogas do movimento da via Tantrayna que até muito pouco tempo era considerada secreta e ensinada somente dentro dos monastérios. Tulku Lobsang Rinpoche em sua compaixão infinita decidiu ensinar esta e outras práticas no ocidente pois acredita que podem nos ajudar incrivelmente nestes tempos degenerados.

Tummo é também o nome dado a um calor interno que temos naturalmente em nós, na área abaixo do chacra do umbigo, e que é também chamado ‘fogo de sabedoria’. Devido a nossa ignorância não nos damos conta que essa energia existe em nós e não sabemos como usá-la.

A tradição Tibetana desenvolveu visualizações, técnicas de respiração e movimento especiais que nos ajuda a reconhecer e nos conectar a esse fogo interior além de desenvolvê-lo cada vez mais.

No nível físico, o fogo interior é responsável pela temperatura do nosso corpo — o calor que acompanha a digestão e o metabolismo, o calor que alimenta as reações químicas e produz os hormônios. Em um nível energético, o fogo do Tummo derrete os obstáculos mais subtis existentes nos canais e provoca uma explosão de energia por todo o corpo. A nível mental, o Tummo é a fonte do amor, alegria, felicidade e felicidade-êxtase.

Na medida que nossa chama do fogo interior cresce, começando abaixo do umbigo e elevando-se cada vez mais alto, ao longo da coluna, penetra suavemente em cada um dos chacras principais, espalhando-se em todas as ramificações dos canais sutis.

Os chacras são portas secretas que dão para o nosso ser. Se formos capazes de abrir estas portas e nos conectar ao nosso fogo de Tummo, alcançaremos grandes realizações e acessaremos nossa sabedoria interior. A partir deste grande potencial, realizaremos a verdadeira natureza da mente, a sabedoria fundamental o amor e compaixão incondicionais.

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A medicina tibetana é um sistema holístico que honra a profunda interligação entre corpo, mente e o ambiente exterior. É necessário abordar cada uma destas áreas para vivermos uma vida harmoniosa e saudável.

A medicina tibetana foi ensinada pela primeira vez pelo Buda histórico — Buda Shakyamuni — há cerca de 2500 anos, na terceira roda do Dharma. É um dos sistemas médicos mais antigos do mundo e, no entanto, os seus princípios mantêm-se hoje tão verdadeiros e relevantes como sempre. Na verdade, a medicina tibetana tem muito para oferecer ao mundo moderno, com o seu entendimento das emoções e da forma como estas afectam os nossos sistemas físicos de maneira muito real.

É importante conhecermos um pouco sobre o Bön pr sua valiosa contribuição à tradição tibetana e em especial porque, historicamente, os ensinamentos do Yoga Tibetano Lu Jong estão conectados tanto à tanto à tradição Bön quanto à tradição de Buda Shakyamuni – o Budismo.

De maneira geral pensamos que o Tibete é um terra Budista, mas na verdade um grande número de tibetanos e Lamas praticam o Bön, a tradição mais antiga do Tibete, de forma independente ou em conjunto com Busdismo. Assim como o Budismo, a tradição Bön não é simplesmente uma religião ligada à pratica da meditação. Na verdade ambos são, sim, conectados à religião mas também, estão profundamente conectados à cultura Tibetana, incluindo a conhecimentos como a medicina e a astrologia por exemplo.

Antes da chegada do Busdismo ao Tibete a tradição Bön já possuía raízes muito profundas. Quando  budismo chegou, como é de costume na mentalidade humana, houve muitos embates e o antiga tradição começou a ser atacada e difamada. No entanto, os bonpos (como são designados os praticantes do Bön), mantiveram suas práticas firmes.  Com isso o Bön se adaptou, chegando a incluir princípios do Budismo que contribuíam para a sua visão do mundo e para aprofundar os seus objetivos e virtudes de caminho. Atualmente, quando exploramos ambas as linhas de conhecimentos podemos notar que a forma mais elevada de ensinamentos de Bön, o Dzogchen, se assemelha muito ao Dzogchen praticado na escola Nyingma, a escola mais antiga d0 Budismo tibetano. Portanto não seria exagero dizer que houve uma contribuição entre as escolas.

A palavra ‘Bön’ significa Dharma, a realidade última. A história do Bön é descrita ao longo de três fases: o Bön primitivo, o Bön Yungdrung e o novo Bön. Os ensinamentos do Bön Yungdrung (Antigo Bön ou Bön Eterno) foi trazido ao plano terreno por Tonpa Shenrab Miwoche e é constituído pelos sutras, o Tantra e o Dzogchen. Tonpa Shenrab Miwoche significa para o Bön o que Buda Shakyamuni significa para o Budismo. Diz-se que viveu há 18.000 anos e começou a ensinar e Olmo Lungring, local onde os Bonpos identificam como Shambala.

Tulku Lobsang iniciou a sua educação monástica oficial com seis anos de idade no mosteiro Bön de Nangzi. Aí, recebeu muitos ensinamentos, iniciações e transmissões de base desta tradição espiritual do Tibete. Na medida que desenvolveu seus estudos tonou-se capaz de entrelaçar a sabedoria de todas as linhagens do budismo tibetano e da tradição Bön. Todas nos ensinam a verdadeira natureza da nossa existência, e esta é a é essência dos ensinamentos, que mantém-se inalterada independente da tradição. Existem muitos métodos que podem nos apoiar a alcançarmos o coração da nossa natureza, a sabedoria e a clara luz, pura, da nossa mente e todos eles possuem igual valor.

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