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A AÇÃO CORRETA

03/11/2020

O nó infinito é um dos oito símbolos auspiciosos do Budismo Tibetano.  Suas linhas entrelaçadas, em um padrão fechado, representam a origem interdependente de todos os fenômenos.

Dizer que todos os fenômenos se originam de forma Interdependente significa que todos os fenômenos surgem da mesma fonte e possuem a mesma natureza. Em linguagem popular, e atual, talvez isso signifique dizer ‘Todos somos um’. Mas este símbolo aponta ensinamentos muito maiores e que são umas das bases dos ensinamentos budistas. No budismo dizer que surgimos e existimos de forma interdependente significa que tudo que pensamos, dizemos ou fazemos, ou simplesmente a intenção com que, pensamos, falamos ou agimos afeta a nós, tudo e todos uma vez que surgimos e existimos em uma só natureza, uma só base existencial. Da mesma forma que nossos pensamentos, ações e fala afetam a todos, nós também somos afetados pelos pensamentos, fala e ações de todos.

Como você já deve ter notado esta questão pode se tornar bastante complexa não somente para avaliarmos como também lidar com ela ao longo da nossa existência. Mas uma das formas mais efetivas de lidarmos com questões complexas é buscarmos as soluções mais simples e a pratica budista faz uso extenso desta sabedoria. Um dos antídotos, mas interessantes que o budismo propões para este emaranhado de consequências é cultivarmos a sabedoria da intenção pura em relação aos nossas pensamento, fala e ações. Isso significa que devemos desenvolver Atenção Plena em relação às intenções que geramos ao pensar, falar e agir. Com isso atuamos na raiz de todo o problema por meio de um antídoto simples. Afinal se agirmos sempre com intenções puras, conectadas com os aspectos mais positivos a sabedoria inata da nossa natureza, como compaixão e bondade, não só não prejudicaremos outros seres ou a nós mesmos como estaremos gerando a energia virtuosa dos méritos que irão apoiar o nosso próprio  processo de transformação e todo o nosso entorno.

Para concluirmos faz muito sentido compartilhar uma linda frase do mestre tibetano Tulku Lobsang Rinpoche: “Muda um, muda tudo”. Com esta frase o mestre deseja nos mostrar que ao invés de estarmos preocupados em mudar o mundo e os outros devemos mudar a nós mesmos. Se cada um de nós for mesmo capaz de se transformar em um ser melhor, que prioriza sempre ajudar e nunca prejudidar, obviamente que teremos um mundo melhor e pessoas melhores a nossa volta. Afinal, devido ao fato de estarmos conectados de forma interdependente, a nossa transformação em algo mais positivo transformará a nossa realidade e toda a realidade coletiva em algo também mais positivo.

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